Guarnier é um daqueles poetas/escritores/artistas que você se apaixona na primeira leitura. Ele é do Estado do Rio de Janeiro, de Nilópolis, Baixada Fluminense. Seu livro Poemas, Sonetos, cartas e 2 divagações, é esplendido, adorável, instigante, cômico e serio. Escolhi esse soneto para transcrevê-lo no meu blog que fala dos pecados que apontamos nas outras pessoas e que são os mesmos que carregamos conosco. Essa foi a minha interpretação de leitor. Senhor, acho que pequei, Pois me acertaram uma pedra. Quem jogou ou mirou, não sei Não vigiei, não estive alerta. Pai, eu sei que pedra não se atira sozinha. Fui réu e vitima em cumprir o destino A pedra não teve culpa, a culpa foi minha. De ainda ser menino avoado, ser avoado menino. Não vi o coração que me atirou isso. Foi minha culpa de pecar na hora errada, De errar no local errado? Então Senhor, se dentre eles Houver quem nunca atirou pedra, Permita que me atirem primeiro o pecado.