Hoje, em compromisso no centro da cidade, sentada a esperar a minha senha ser chamada, abro o celular para passar o tempo. Em um dos grupos de literatura, havia um desafio: compor versos a partir de outro poema que foi postado. Achei interessante para exercitar a criatividade meio ao burburinho das pessoas, que assim como eu, esperavam serem chamadas. Uma frase no celular e o olho no visor da senha. Compus uma estrofe, preferi faze-la rimada, gosto também. Minha senha era 124. Como estava demorando e o visor mudava de sequencia numérica, lembrei que a atendente falou-me que chamariam pelo meu nome. Voltei aos meus versos. O calor estava demasiado angustiante e não me vinha outro tema para o meu poema do que o sol que estava brilhando lá fora e nos cozinhando aqui dentro. As rimas, eu buscava ora no Google, ora na harmonia poética que me intuía sílabas ardentes. Levanto porque a sala já havia mudado de pessoas e eu continuava alí, compondo o meu poema. Por favor, o meu número ou o meu nome já foi chamado? Pergunto eu à moça por detrás do vidro. Ela olha o meu número... - mas já estamos no 430. Qual seu nome? Deveriam já ter me chamado, porém houve um problema de comunicação entre as atendentes e eu, que direcionei toda a minha percepção para o celular, palavras rimadas e sílabas harmônicas. Confesso que não fiquei chateada! O meu pequeno poema para participar do desafio estava pronto. Preciso salva-lo e compartilha-lo no whatsapp. Mais uns minutinhos e podem me chamar. Pronto!!! Ei-lo aqui salvo e compartilhado.💝
Versos
Compõe versos na tarde
Quando o sol incendeia os pensamentos.
A intuição faz alarde
E rima palavras com sentimentos.
No delírio do tempo que urge
A versar o amor, alvissareira
E o poema que foi, ressurge
E a alma da poeta, esbraseia.
Jaine g. Scheffer
Comentários
Postar um comentário
Seu comentário será lido com muita atenção e reflexão!
Obrigada!