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  Flor em trilhos   Ao longe, um aviso sonoro ressoa, De onde vem e para onde vai? Coração aos saltos… espero ou ignoro? “Aguarda… ela surgirá entre as árvores… observai.”   Nos carros, olhares curiosos, O   momento é singular para mim. Muitos não percebem, não veem, ansiosos, Que finalmente ela passe… enfim. Atrás dos montes, surge um clarão. Indescritível a beleza do dia, que finda. O pôr do sol anuncia de antemão, Que ela vai passar, bem nessa hora. Aguardo a suntuosa locomotiva, Despontar, em curvas sinuosas, Plainar sobre os trilhos, altiva, Tereza Cristina, a flor do Pinheirinho… finalmente,                                                            ...
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Outono na praia

Outono na praia   No início do outono, na praia deserta, O sol se põe, a maré se retira, As folhas caem, a areia coberta, Com cores de fogo, o céu se inspira.   Ondas suaves beijam a costa, Em um ritmo lento, quase parado, O vento do outono sussurra uma resposta, A um verão que agora é passado.   As gaivotas voam para o sul, Deixando a praia em silêncio profundo, O outono traz um novo recital, Uma sinfonia sem som, sem segundo.   As pegadas na areia desaparecem, Apagadas pelas ondas do mar, O outono na praia, uma cena que enobrece, Um espetáculo que faz o coração disparar.   Então aqui na praia, o outono começa, sua beleza tranquila e sutil, Cada momento, cada cena, me convence, Do ciclo da vida, constante e febril.   Jaine Godinho Scheffer

NORMALIDADES

Dias normais, Mais mentiras que verdades. Buscamos, queremos e trapaceamos sentimentos. Silenciamos, diante do grito ceifado...premente, De quem só quer acalento. Dias normais, Alardeamos palavras e emoções ao vento. Aceitamos o que desaprovamos, Choramos o presumível, E entre sorrisos,  Normalizamos o inconcebível. Dias normais, Emoções contidas, prisioneiras da rotina. Escondemos um turbilhão dentro de nós, Pintamos sorrisos, Enquanto a alma clama por libertarão divina. O espelho reflete, mas cega com a intensa luz do sol!

Alma poética

  “Não reflito, sonho; não estou inspirado, deliro.” Fernando Pessoa As poesias, a meu ver, as vezes, parecem insolentes. Tudo é dito, exposto e concluído... Igual carta ao amor, quando já não o é mais. O real limita e extingue os sonhos, E a ação perversa, é a reflexão... A poesia, é ceifada pela lucidez de uma inspiração que aterrissa ... sem flutuar. Pelo pensamento coerente, gerido por sinônimos e antônimos, que matam o delírio... Do que podemos sentir e escrever... A alma poética, clama em ser invisível, inesperada ...embriagada...flutuante! Quer ser arte transcendente, inacabada... porém, sonhada! E que o autor da obra seja apenas uma assinatura. Jaine Godinho Scheffer
  Inspiração   A vida se aquieta para sentir as luzes da noite Invadirem os últimos raios de sol. Pertenço a esse momento Que me torna poeta e sonhadora. Poeta de olhos, De deslumbre e contemplação Ante a transição do frenesim do dia Para a calmaria da noite. Sonhadora de poesias criadas e Recriadas na minha mente. Lidas e relidas nos cadernos   Rabiscados através do tempo. Essa passagem é mágica! É calor mesmo em dias frios! Os gestos buscam a sincronização Entre inspiração, caneta e papel. As palavras tomam forma poética. Já é noite nas ruas, Nos bares, Nas escolas... Nesse instante a vida seduz E conduz ao reinício... Do livro Alma e Pele, pág.4. ag.4.

De volta...

  Obs.: O texto é uma carta de um sobrevivente de guerra, para sua mãe que, ainda não sabe se receberá uma medalha no lugar de seu filho. A carta que ele mesmo a entregará, descreve a sensação de poder voltar para casa. O título deve conter:    De volta ... ( completar) - Projeto 5 versões de um verso.     De volta à noite, iluminado somente pelas estrelas e clarões das bombas, ele escreve:     “Já é noite, me recolho , e meus ouvidos denunciam toda a minha saudade e nada mais ouvem do que a sua voz – “Venha almoçar”, “Está na hora do banho”, “Como foi na escola hoje?” São sons divinos que me acalentam e me fortalecem todos os dias. Aqui, os momentos são tortuosos e o amor e o ódio pairam no ar e se materializam nos olhares e ações, sejam dos amigos ou inimigos. Ainda restam alguns dias para buscarem-nos e o atordoamento do intervalo entre a espera e a chegada, nos fazem cães ferozes, querendo pular o tempo. Desculpa, se minhas palavras são desesperadoras, mas ...

Essa tal Liberdade

  Essa tal liberdade... Inúmeras são as vezes que se opta, que se escolhe, ir ou ficar, ter ou ser, eu ou você...   Abrimos as grades do cárcere interior e exterior e travamos caminhos singulares, mas imagináveis! A vida nos solicita escolhas, e mais do que simplesmente liberdade...ousamos ter coragem! Liberdade e coragem deveriam ser sinônimos, pois são ações primárias, essenciais ao “existir,” do nascimento a morte. Igual páss aro ao alçar voo do ninho, que sabe por que quer voar, e a compensação da liberdade é a coragem que lhe afronta, para bater asas por sobre o oceano azul, ao inevitável, compelido pelo prazer e necessidade de voar... de ser livre.... e ter coragem! A liberdade clama por decisões, de unir forças aos anseios e desencadear a coragem para ser a base do estandarte. Sempre a postos!!! Há o hesitar, há o desejo indomável, há o dever e a obrigação. E há o coração! Mas há também a vida, as consequências e a coragem para sermos o que queremos ser!!! A escolha é ...